Prosseguindo com a nossa tríade, vamos harmonizar os espaços e a mobilia com algo que já acompanha as civilizações do mundo por milênios! Os tapetes são arte. Narram estórias e histórias e guardam consigo as técnicas de fiar dos artesãos de diversas partes do planeta.
Hoje, ainda encontramos taperçarias feitas do mesmo modo que há séculos se faziam, e há aquelas que são impressas, as fabricadas em grandes escalas por máquinas, com novas texturas e com novos materiais. O fato é que a tecnologia veio pra ficar e não retrocede, mesmo que gastemos tempo em discutir a superioridade ou a inferioridade de um trabalho feito a mão e vários trabalhos feitos por máquinas. A variedade de tapetes agora é maior e cabe a nós sermos seletos na hora da compra.
Vamos conhecer um pouquinho dos nossos objetos nômades, os tapetes!
Como dizemos anteriormente, os tapetes são arte, pois, além de delimitar os espaços eles estão no “pacote” das manifestações de artes visuais. As tapeçarias acompanharam a humanidade em seus grandes impérios por todos os continentes do mundo! Mitologias asiáticas e greco-romanas, fábulas e motivos religiosos indo-europeus e a matemática das formas perfeitas que os árabes tanto buscavam na sua arte (e na sua arquitetura.) puderam ser materializados nos tecidos que ainda fascinam estudiosos e amantes dessa engenhosidade.
Não se sabe ao certo de onde partiu a criação destas obras têxteis, ou se surgiram simultaneamente na medida em que os impérios se relacionavam. O fato é que são documentos e preciosidades da humanidade, que, ainda, ornamentam e delimitam espaços em pisos e em paredes com muita beleza…
Aqui no Brasil, temos como referência de artista e artesã de têxteis a Regina Graz. Que criava, concomitantemente com John Graz e executava todo o fiar dos tapetes. Suas obras são todas inspiradas no Art Déco e, em parte, no modernismo brasileiro. Como podemos ver nas gravuras acima.
Não só o acesso as tapeçarias se tornou mais acessível após a industrialização, no que concerne ao custo e a alta produtividade desses artefatos, mas também temos uma gama de possibilidades do que fazer com este produto. E com a impressão de imagens em têxteis, também tornou o que é acessível para um, aquilo que é acessível para outras três mil pessoas!
Sendo assim, para criar unidade e autenticidade ao ambiente a espontaneidade e a irreverência são as marcas das tendências que estão sendo adotadas hoje. Como, por exemplo, a sobreposição de tapetes e o recorte e a remontagem destes, criando algo inédito, como nas imagens abaixo:
A exemplo dos tapetes para salas de jantar, o indicado é que estes não se desencontrem dos móveis, nem seja de tamanho inferior a mesa de jantar. Nos quartos, existe mais liberdade. Pois você pode colocar tapetes maiores que a cama (abaixo desta), ou tapetes menores na frente e na lateral da cama, deste que não tenha tamanhos menores que a largura desta.
Não é de bom tom dar números exatos para a relação entre mobília e tapeçaria, a não ser que seja para ambientes mais tradicionais. Pois a ideia das novas tendências é justamente a irreverência e o improviso (ou a ilusão de um improviso!).
Por Isabelli Rodrigues
Designer de Interiores
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